Para se manter bem frente a crises econômicas graves, uma atividade empresarial deve ser muito sólida, como é o caso da construção civil no Brasil. Mesmo no panorama atual, em que enfrentamos um alto índice de desemprego e baixo poder aquisitivo da população, o segmento se mantém firme e vem superando desafios.

Dados recentes do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, apontam um crescimento no número de empregos criados na construção civil de 264% no primeiro trimestre de 2021, se comparado ao mesmo período do ano passado.

Por gerar tantos empregos e riqueza, é considerado um setor de suma importância na retomada econômica do Brasil. Mas como ele se mantém aquecido mesmo diante de tantos desafios?

Confira alguns motivos!

Construção civil aquecida x desafios do crescimento

O mercado da construção civil fechou 2020 com um grande otimismo após registrar números incríveis, como 10% de alta nas vendas de imóveis novos se comparado a 2019. Ao mesmo tempo, a quantidade de unidades novas disponíveis para venda caiu 13%, apontando para a necessidade de lançamentos em 2021.

A expectativa inicial em 2021 era que o setor apresentasse alta no PIB (Produto Interno Bruto) de 4% (em 2020, houve queda de 7%). No entanto, o otimismo passado já não é tão grande, de acordo com os empresários do mercado, e a projeção caiu para 2,5%.

Exemplo: governo do Estado do Paraná

Essa queda na projeção não quer dizer que não existam cidades com o setor aquecido. É o caso de Porto Alegre, que mantém o bom momento, na esteira do que foi registrado no segundo semestre de 2020. A velocidade de vendas de imóveis novos subiu 10,4%, maior índice dos quatro primeiros meses do ano. 

Um excelente exemplo em âmbito estadual é o Paraná. Conforme a Agência Estadual de Notícias do governo do Estado do Paraná, a construção civil local teve seu melhor trimestre desde 2019, com 11,6 mil contratações. Isso equivale a um crescimento de 53% em relação ao recorde anterior de 7.573 postos de trabalho (3º trimestre de 2020) e de 126% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

O levantamento do Departamento do Trabalho e Estímulo à Geração de Renda se baseou nos números mensais do Caged.

E como isso ocorreu? O governo paranaense adotou uma estratégia de fazer da construção civil o setor protagonista da retomada econômica. Ele passou a executar obras estruturantes para abrir vagas de trabalho mais rapidamente, tais como modernizações de rodovias e aeroportos, além de construção de casas populares. 

Com mais pessoas empregadas, as compras no comércio crescem e aquecem a economia, gerando um ciclo virtuoso. Em consequência, o Estado se torna economicamente mais sólido e atrai a confiança de investidores. 

No entanto, é importante ficar atento ao maior desafio para o setor: o aumento do preço dos insumos e a falta de matéria-prima. O impacto da pandemia sobre algumas indústrias, como aço e cobre, atingiu a construção civil. 

O INCC-Materiais e Equipamentos, índice calculado pela FGV que mede a variação nos preços da construção, acumulou alta de 28,13% no período de 12 meses, encerrado em março de 2020. É a maior variação para o período em toda a história (desde 1998). 

No entanto, especialistas entendem que essa elevação deverá recuar, diminuindo o impacto negativo nas obras. Uma das saídas é trabalhar com o mercado exterior para suprir a carência e reverter o receio do mercado em relação à falta de previsibilidade no comportamento dos custos.

Motivos da solidez da construção civil durante a atual crise

Mesmo com a alta nos preços dos insumos, a demanda por imóveis permanece em alta. Uma pesquisa da consultoria BRAIN Inteligência Estratégica apontou o aquecimento do mercado em plena pandemia. A compra de imóveis se manteve estável no Sudeste, no Norte e no Nordeste, mas apresentou crescimento no Sul e no Centro-Oeste.

E quais os motivos para essa solidez da construção civil no momento?

Juros baixos

No Brasil, o financiamento imobiliário é a forma mais comum de aquisição de imóveis. As unidades residenciais, desde aquelas mais populares até as de alto padrão, são objetos de financiamento. No contexto atual, a busca por essa modalidade de compra se tornou ainda mais utilizada.

Isso porque a taxa Selic (taxa básica de juros da economia brasileira) atingiu, durante a pandemia, seu menor patamar histórico (2%). Desde então, já passamos por uma Selic de 2,75% e 3,5%. Recentemente, em junho de 2021, ela subiu para 4,25%, em uma tentativa de conter a inflação. Mesmo com esse pequeno salto, vale dizer que a Selic chegou a 7% há alguns anos.

E o que significa uma Selic mais baixa? Melhores condições de pagamento de um eventual empréstimo, caso dos financiamentos imobiliários. Por isso, muitas pessoas, físicas e jurídicas, passaram a conseguir crédito junto a instituições financeiras para executar seus projetos pessoais e empresariais.

Esse vem sendo um cenário muito interessante para a construção civil, mas não é o único fator que a manteve aquecida.

Maior procura por conforto

Outro fator importante que aumentou a demanda no mercado de construção civil foi a mudança de comportamento do consumidor. Com a adoção forçada do trabalho remoto, a casa se tornou um espaço de trabalho que demanda mais comodidade e conforto. 

Pessoas que passavam poucas horas em suas residências se viram 24 horas dentro delas. E isso mudou o conceito de casa. As necessidades também são outras, como cômodos exclusivos para home office, condomínios com áreas comuns e espaços amplos dentro das unidades.

Diante disso, as construtoras se movimentaram para atender às novas demandas e aproveitar o mercado aquecido. 

Obras comerciais para atender ao setor de saúde

Em tempos normais, sem pandemia ou outro evento capaz de provocar uma crise global, as obras comerciais têm um importante papel em uma empresa. 

Elas podem alavancar os resultados do negócio por vários motivos, como melhorar a experiência do cliente ao otimizar o ponto de venda, reduzir custos com a modernização do layout ou promover a inovação empresarial.

Durante a atual crise de saúde, hospitais, clínicas e outros estabelecimentos precisaram realizar obras para adequar suas instalações. Mesmo com o país em grave crise econômica, esse setor teve um acréscimo de demanda sem precedentes. 

Para lidar com isso, diversas construtoras especializadas em obras hospitalares rápidas, como a Binar, foram acionadas. O curto prazo é uma característica dessas reformas, pois esses estabelecimentos de saúde não podem parar seu funcionamento.

Vale destacar ainda a construção dos hospitais de campanha por diversos governos municipais e estaduais, o que também demandou bastante das empresas do mercado de construção.

Sem dúvidas, o atendimento ao setor da saúde foi um dos motivos que manteve a construção civil em alta.

Imóvel enquanto investimento

Tecnicamente, a compra ou a construção de um imóvel nunca será um investimento se ele não se reverter em lucro para o comprador. Afinal, enquanto ele for seu e não estiver alugado para terceiros, ele só trará gastos. 

Feita essa ressalva, é seguro dizer que muitas pessoas com recursos disponíveis no momento acreditam estar fazendo um bom investimento atualmente. Afinal, se aproveitaram dos valores mais baixos de imóveis residenciais ou comerciais para realizarem uma compra.

No futuro, podem lucrar bastante com a venda, mesmo que o imóvel não tenha boa liquidez (facilidade para se converter em dinheiro).

Esse é um dos motivos pelos quais o mercado de construção civil se manteve aquecido. Quem pensou em um imóvel enquanto investimento e tinha o dinheiro em mãos fez a aquisição. Quem não tinha a totalidade, realizou um financiamento, se aproveitando dos juros mais baixos.

Se pensarmos em um contexto empresarial, esse motivo também subsiste. Uma empresa sólida pode ter optado por aproveitar a paralisação das atividades durante a pandemia para realizar obras comerciais.

Um empresário que tinha recursos suficientes para bancar a obra corporativa, sem comprometer seu capital de giro, aproveitou o momento para construir. Alguns inclusive fizeram a opção de se tornarem proprietários de um novo local vislumbrando melhores resultados futuros. Tudo isso, claro, com análise de viabilidade e planejamento.

Pode parecer loucura, mas é recomendável construir um novo espaço comercial em algumas situações. Veja algumas: 

  • Quando a localização do espaço comercial for fundamental, pois um local estratégico contribuirá para aumentar as vendas;

  • Quando se pretende aumentar o patrimônio da empresa ou ganhar com a valorização do imóvel no futuro;

  • Quando é preciso ter um local completamente personalizado aos negócios.

  • Quando a reforma é necessária para não tornar o local desatualizado em função das normas vigentes e o ambiente insalubre.

Pensando nestes pontos, é ou não um bom investimento construir um espaço comercial novo para otimizar os resultados e os lucros?

A construção civil vem se mantendo aquecida durante a pandemia por diversos motivos. Juros baixos, maior procura por imóveis espaçosos e obras comerciais para atender o setor de saúde são alguns deles.

No caso de obras corporativas, é fundamental contar com uma construtora confiável, capaz de trazer qualidade e vencer os desafios do momento. 

A Binar Construtora é referência no nicho de Fast Construction e atendeu a diversas obras hospitalares em pouco tempo. Conheça nossos diferenciais!